top of page

SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

PAISAGENS VIVIDAS E PASSAGENS ARQUEOLÓGICAS

Proponente 1: Bruno Vitor de Farias Vieira (Doutorando – Proarq/UFS)

Proponente 2: Jéssica Rafaella de Oliveira (Doutoranda – Proarq/UFS)

Resumo: Este Simpóstio Temático propõe-se a estabelecer um espaço de discussão dialógica entre diferentes pesquisas que tenham como objetivos analisar construções, usos, modificações e quaisquer interações do passado e do presente inseridas na lógica de “Paisagem social” - sendo aqui compreendida como práticas vivenciadas que levaram à sua construção, resultantes da vida e das manifestações culturais em suas múltiplas expressões. Buscaremos também discutir como as resistências sociais estão presentes na paisagem e como elas se “reconstroem” nos lugares com novas formas e novas expressões, além de tentarmos entender também como suas dinâmicas de existência e resistência estão presentes material e imaterialmente nestes lugares. De forma geral, esse ST visa reunir investigadores e pesquisas que reflitam sobre práticas e teorias relacionadas às temáticas ligadas a este simpósio, fornecendo breves panoramas arqueológicos interpretativos e discutindo diferentes elementos presentes na paisagem que marcam os distintos processos de resistência que culminam, desde o passado até hoje, na construção de lugares, memórias, modos de vida e representação social.

 

DO CAMPO À RT: GESTÃO ARQUEOLÓGICA E NOVOS DESAFIOS

 

Proponente 1: Elaine Alves de Santana (Doutoranda – Proarq/UFS)

Proponente 2: Thais Vaz Sampaio de Almeida (Mestranda – Proarq/UFS)

Proponente 3: José Edimarques Reis Almeida (Bacharel – DARQ/UFS)

Proponente 4: Paulo Alexandre dos Santos Souza (Bacharel – DARQ/UFS)

Resumo: A questão da conservação dos acervos arqueológicos dentro de Instituições de guarda tem sido debatida com mais afinco nos últimos anos, sobretudo devido ao grande volume de coleções provenientes de projetos de Arqueologia Preventiva. Embora tais projetos sejam de grande importância no cenário na Arqueologia brasileira e tragam à tona fragmentos do patrimônio arqueológico do país, vale frisar que a gestão destas coleções ainda configura-se como incipiente. A deficiência dos procedimentos de gestão do patrimônio arqueológico se devia principalmente pela ausência de padronização nos procedimentos que envolvem o tratamento destes vestígios, desde sua remoção do campo até a guarda em Reserva Técnica. Desta maneira, em 18 de maio de 2016 foi publicada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN – a Portaria Nº 196, que versa acerca dos procedimentos para a conservação de bens arqueológicos móveis. Esta portaria trouxe à tona a necessidade de uma padronização no que tange à gestão das coleções arqueológicas, dando ênfase nas recomendações a diferentes pilares da pesquisa arqueológica: as instituições de guarda e as equipes responsáveis pela pesquisa arqueológica. Estas recomendações vêm para propor uma maior interação entre ambos e promover melhores condições de conservação para os bens arqueológicos. O referido simpósio objetiva discutir e mapear os principais desafios enfrentados por estes, no que tange à adequação às novas exigências da Portaria IPHAN nº 196, em meios às tantas adversidades do meio arqueológico brasileiro.

 

A MONTANTE DO AGRESTE, A JUSANTE DO SERTÃO: PAISAGENS E SOCIEDADES NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO

 

Proponente 1: Carolina de Sousa Santos (Mestranda – Proarq/UFS)

Proponente 2: Felipe Neves da Silva (Doutorando – Proarq/UFS)

Resumo: O início das pesquisas arqueológicas na região de Canindé de São Francisco se deu por meio de um projeto envolvendo professores do então Departamento de Sociologia e Psicologia da Universidade Federal de Sergipe em 1985. Tal empreendimento logrou a identificação de quatro sítios rupestres e de alguma forma contribuiu como justificativa para o Projeto Arqueológico de Xingó (PAX) desenvolvido no âmbito da implantação da UHE Xingó a partir de 1988. O PAX, porém, até os dias de hoje constitui referência incontornável para qualquer pesquisa efetuada na região dada a grande quantidade de dados levantados. Os estudos arqueológicos mais antigos sobre o rio São Francisco, entretanto, foram efetuados em suas porções alta e média consagrando Tradições como a Itaparica e Aratu até hoje estudadas e discutidas. Diferentemente das porções Alta e Média, a região do Baixo São Francisco até a década de 1980 não tinha sido trabalhada. O material lítico, cerâmico, grafismos rupestres e rituais funerários da região de Xingó, apontam, porém, uma certa descontinuidade em relação às tradições e fases generalizadas no registro arqueológico documentadas ao longo do médio, sub-médio e alto São Francisco. Por constitui importante rota para o processo de ocupação da América do Sul estudos comparativos entre as diferentes porções do Velho Chico mostram-se extremamente prementes.

 

CANGAÇO: APROXIMAÇÕES ENTRE A HISTÓRIA E A ARQUEOLOGIA 

 

Proponente: Leandro Domingues Duran (Doutor – Docente Proarq/UFS)

Resumo: O cangaço pode ser classificado como um dos fenômenos sociais mais importantes do passado recente da sociedade brasileira, tendo sido caracterizado pela sua natureza bélica. Abordado pela história, sociologia, estudos literários, entre outros, apenas agora começou a receber alguma atenção por parte da arqueologia. Nesse processo é que se insere a atual proposta de simpósio temático que visa contribuir na construção desse tema de pesquisa no âmbito da chamada Arqueologia Histórica, campo interdisciplinar, por natureza, correlacionando fontes materiais e documentais em um processo de análise e interpretação. Buscando justamente o diálogo, a intenção é a de criar um fórum interdisciplinar de discussão para os distintos olhares sobre o cangaço.

 

ARQUEOLOGIA E AMBIENTES AQUÁTICOS: PAISAGEM, CULTURA MATERIAL E VIDA SOCIAL

 

Proponente 1: Josué Lopes dos Santos (Doutorando – Proarq/UFS)

Proponente 2: Cristiane Eugênio Amarante (Doutoranda – Proarq/UFS)

Resumo: O objetivo principal desse simpósio é acolher pesquisas que apresentem temáticas que ressaltem a interação entre o homem e os ambientes aquáticos, bem como os reflexos desta relação na cultura material. A arqueologia já identificou registros desta influência mútua muito antes da chegada do colonizador europeu em 1500 no Brasil, já que pesca, navegação e mergulhos profundos são recorrentes nos vestígios materiais e paisagísticos relacionados às culturas indígenas nativas. Desde o século XVI, com a imposição e intensificação da presença do europeu no país, um modo de vida intimamente ligado ao ambiente aquático se impôs. Isto reflete-se tanto nas escolhas urbanísticas, ao privilegiar áreas costeiras ou ribeirinhas, quanto no próprio cotidiano social. Assim, portos, vilas, fortalezas e áreas de extração de matéria prima demandavam do mar ou do curso de rios para existirem. A Arqueologia de Ambientes Aquáticos se estabelece, portanto, como norte teórico; além da própria Arqueologia Marítima. Para nossa proposta temática, interessam pesquisas que visem explanar sobre contextos arqueológicos subaquáticos ou não, mas que elucidem sociabilidades intercaladas a elementos aquáticos nos diferentes momentos históricos em que as terras e águas do Brasil estiveram inseridos.

 

'SOBRE A HISTÓRIA DE VIDA DOS OBJETOS': DO CAMPO À FORMAÇÃO DOS ACERVOS

 

Proponente: Lorena Gomes García (Doutora – Docente/UFS)

Resumo: Este simpósio é um convite à reflexão sobre a história de vida dos objetos, interligada ao modo particular que nós arqueólogos temos de lidar com os sítios e coleções que pesquisamos. Trata-se de colocar em perspectiva a biografia das coisas que estudamos a partir da prática arqueológica e dos significados que emergem por meio da relação com o mundo material. Essa perspectiva remonta há mais de meio século de trabalhos produzidos na arqueologia, e dialoga tanto com a arqueologia comportamental quanto com as teorias de agência. Na arqueologia comportamental a história de vida dos objetos é relativa aos processos culturais de transformação, e fundamentalmente, às atividades cotidianas de preparo, uso, reuso e descarte. Para as análises que empregam as teorias de agência, as histórias de vida dos objetos não são interrompidas com a deposição, mas continuam no presente. Em termos de agência, objetos/lugares arqueológicos ganham vida própria, evocam memórias e a própria noção de materialidade. O presente simpósio dialogará com o eixo-temático Acervos Arqueológicos: conservação e documentação, configurando-se como espaço aberto ao compartilhamento de experiências no estudo de coleções e sítios, pois entende-se que colocar em perspectiva que objetos/lugares têm histórias de vida que vão muito além das nossas e dos significados fluídos que lhes atribuímos, é fundamental ao modo como documentamos o registro arqueológico e percebemos a formação dos acervos.

GESTÃO DA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO: TURISMO, MEIO AMBIENTE E PATRIMÔNIO.

Proponente 1: Laura Almeida de Calasans Alves (Doutoranda – Proarq/UFS)

Proponente 2: Ton Ferreira (Doutor – Docente/UFS) 

Resumo: Os vestígios arqueológicos, que permitem a reconstrução e interpretação da diversidade cultural dos modos e meios de vida empregados pela espécie humana, vêm sendo de interesse turístico na possibilidade de gerar experiências acerca do processo de expansão territorial e temporal das sociedades humanas.  O uso de cenários arqueológicos voltados à prática turística vem sendo importante vetor na condução de políticas que promovam a conservação e preservação do patrimônio arqueológico em uma preocupação de uma prática turística mais responsável e sustentável. Desta forma, Para tal, se faz necessário a elaboração de ferramentas que possam estabelecer um diálogo entre quem usufrui desse patrimônio, visitantes e visitados e quais os impactos gerados por essa utilização. Este simpósio pretende discutir as interfaces entre “Meio Ambiente, Patrimônio, Arqueologia e Turismo”, na busca das estratégias acerca da proteção do patrimônio cultural e ambiental arqueológico, tendo o turismo como fonte de acesso e valorização do patrimônio, e o direito, com a efetividade normativa concernente a proteger o patrimônio cultural, por conta de seu valor quanto a memória e identidade de uma comunidade. Assim é de extrema relevância promover um debate sobre o grande desafio que se coloca os responsáveis pelas pesquisas arqueológicas preventivas em gerir e socializar o acervo material e documental, associada às práticas turísticas e avaliação do impacto ambiental e patrimonial. 

"JOGA PEDRA NA GENI (...) ELA É BOA DE CUSPIR": UMA REFLEXÃO SOBRE A DEMONIZAÇÃO DA

ARQUEOLOGIA DE CONTRATO NO BRASIL

Proponente 1: Ton Ferreira (Doutor – Docente/UFS)

Proponente 2: Beijanizy Abadia (IPHAN-SE)

Resumo: O crescimento econômico do século XX foi responsável por uma série de construções de grande impacto no território brasileiro. Paralelo a esse fenômeno, as discussões ambientais travadas na década de 1970 renderam um importante arcabouço legal. Nesse contexto, a arqueologia brasileira se inseriu nos estudos de impacto ambiental no quesito usos dos solos pelas sociedades pretéritas. A abertura de um novo campo de atuação profissional ampliou as possibilidades de atuação de uma profissão ainda insipiente no cenário brasileiro, além de impulsionar a construção de critérios de atuação por parte do  Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional para a nova prática.  Arqueologia de salvamento , arqueologia de contrato , arqueologia preventiva, diversos nomes para uma prática pouco refletida no ambiente acadêmico. Ora amada , ora odiada ,  a arqueologia de contrato  parece nunca ter conseguido um bom “contrato” com a chamada arqueologia acadêmica. Mas onde estaria o ponto de divergência entre ambas arqueologias? No contexto atual, de desaceleração econômica e de uma arqueologia que superou em número a chamada arqueologia acadêmica, não cabe mais espaço para tratar tal prática profissional como de menor valor na construção do conhecimento arqueológico. Na última década ela foi responsável, indiretamente, pela abertura de cursos de graduação em arqueologia, pela produção de meios materiais para  laboratórios, reservas técnicas e pesquisas acadêmicas. Mas a indagação persiste, porque seguimos demonizando a arqueologia de contrato? O simpósio objetiva chamar a reflexão sobre a praxes arqueológica na arqueologia de contrato, suas contribuições para arqueologia sergipana e nacional. Objetiva ainda refletir sobre os desafios do IPHAN  e suas contribuições na construção de critérios para a pesquisa arqueológica no âmbito do contrato.

ENTRE RIOS E MARES: A PRÁTICA DA ARQUEOLOGIA DE AMBIENTES AQUÁTICOS NO CONTEXTO BRASILEIRO

Proponente: Luis Felipe Freire Dantas Santos (Doutorando – Proarq/UFS)

Resumo: Nas últimas décadas a exigência cada vez maior de pesquisas arqueológicas subaquáticas em processos de licenciamento ambiental e o surgimento de novos cursos de graduação e pós-graduação, vem corroborando para a construção de um panorama arqueológico nacional, no qual a Arqueologia de ambientes aquáticos se demonstra diversa e a caminho de uma maturidade teórica-metodológica mais aberta as realidades e particularidades de seus objetos de estudo. As práticas arqueológicas, desenvolvidas por arqueólogas e arqueólogos de diferentes regiões do país, são cruciais na construção de narrativas sobre o uso humano do ambiente fluvial, marítimo e costeiro nos últimos séculos. Propomos, com o presente simpósio, a abertura de um espaço de integração das diversas leituras do patrimônio arqueológico, resultantes das diferentes relações humanas nos ambientes aquáticos, mas também o compartilhamento de experiências e vivências da prática arqueológica e difusão do conhecimento produzido.

MORTE E VIDA NO REGISTRO ARQUEOLÓGICO. A BIOARQUEOLOGIA NO CENÁRIO DAS PEQUISAS ARQUEOLÓGICAS

Proponente 1: Elaine Alves de Santana (Doutoranda – MAX/UFS)

Proponente 2: Thais Vaz Sampaio de Almeida (Mestranda – Proarq/UFS)

Proponente 3: Jaciara Andrade Silva (Univasf)

Resumo: Embora seja uma disciplina que permita o acesso a aspectos sobre a vida do indivíduo/população enfatizando o componente biológico humano, a Bioarqueologia busca entender aspectos sociais e culturais inerentes ao momento da morte. Sob essa perspectiva, esse simpósio temático propõe-se a abrir espaço para apresentações de trabalhos e discussões acerca do porquê, embora seja uma disciplina com bastante relevância e visibilidade no Brasil nos dias de hoje, pesquisas sobre essa perspectiva ainda encontram resistência no que esta relacionado ao seu papel dentro do universo da Arqueologia.

PROGRAMAÇÃO DO VIII WORKSHOP ARQUEOLÓGICO DE XINGÓ
bottom of page